Entidades
representantes de pecuaristas de Mato Grosso do Sul e a direção do JBS
firmaram parceria para a implantação de um sistema de pesagem múltiplo
de bovinos destinados ao abate. O objetivo do projeto piloto, firmado em
reunião na Associação dos Criadores de MS (Acrissul), nesta
quinta-feira (13), visa tornar o processo mais confiável e melhorar a
relação entre frigorífico e pecuaristas.
A proposta de mudança no sistema de pesagem foi
elaborada pela equipe técnica do Sistema Famasul (Federação da
Agricultura e Pecuária de MS/SenarMS) e é resultado de reuniões
realizadas pelas duas entidades com produtores do Estado desde o início
do ano. O projeto piloto terá vigência apenas para a planta do JBS
situado em Campo Grande (MS) e prevê a pesagem em três momentos
específicos: na marreta ou logo após o abate, na pré-limpeza ou depois
da retirada do couro e das vísceras e depois da limpeza dos animais
abatidos.
Com o procedimento, os criadores esperam diminuir as
alegadas diferenças no peso dos animais destinados ao abate. Em reuniões
realizadas pela Famasul, produtores da região Sul do Estado chegaram a
alegar que o peso da carcaça limpa registrado no frigorífico apresenta
rendimento aproximado de 47% em relação ao peso do animal registrado na
propriedade. Normalmente, a relação entre a carcaça no frigorífico e o
boi pesado ainda na fazenda fica em torno de 53%.
Para o presidente da Famasul, Eduardo Riedel, a
iniciativa é um passo concreto na criação de mecanismos para diminuir a
desconfiança entre produtor e frigorífico. “A pesagem e a classificação
da carcaça sempre foram objetos de contestação dos produtores. Esperamos
que essa seja a primeira de uma série de iniciativas de consenso entre
os elos, as quais são necessárias para o fortalecimento da cadeia da
carne, com o qual todos saem ganhado”, avalia.
O presidente do JBS, Wesley Batista, também avalia
favoravelmente o projeto, do ponto de vista da soma de esforços para
fortalecer a cadeia da pecuária. “Precisamos investir na imagem do
produto e no crescimento do consumo”, sintetizou. Além da presidência da
Famasul e Acrissul/Fenapec, o projeto contou com o aval da secretária
de Produção e Turismo (Seprotur/MS), Tereza Cristina Correa da Costa
Dias, e de representantes da Sociedade Rural Brasileira (SRA),
Associação de Criador