A
agropecuária foi o segmento da economia que registrou o melhor
desempenho no resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro
trimestre.
Apesar do PIB total ter registrado apenas um ligeiro avanço
de 0,6% em relação ao do segundo trimestre, a agropecuária cresceu 2,5%,
seguida da indústria (1,1%).
O setor de serviços ficou estável. Na
comparação com o terceiro trimestre do ano passado, a agropecuária
também cresceu, atingindo um incremento de 3,6%.
Rebeca Palis, gerente de contas nacionais do IBGE,
destacou que a agropecuária apresentou a maior taxa de crescimento tanto
em relação ao segundo trimestre, quanto no que diz respeito ao mesmo
período do ano anterior. “A colheita do café e do milho de segunda safra
contribuiu para o desempenho do setor, influenciando positivamente no
resultado do PIB”, afirmou a presidente da Confederação da Agricultura e
Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu.
As produções de café e
milho cresceram, respectivamente, 14,5% e 27,1%.
Para o ministro da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa), Mendes Ribeiro Filho, “novamente o agro mostra sua
força na economia nacional”. Segundo ele, os percentuais de crescimento
devem ser ainda maiores no próximo ano, a partir das previsões de safra
de grãos recorde e aumento das exportações do setor.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima
que a próxima safra de grãos possa chegar até 181,5 milhões de
toneladas. De acordo com o Mapa, além de parte da produção de grãos
destinada às vendas ao comércio exterior, outro segmento que pode
crescer é o de carnes, com possibilidade de elevar os embarques para
destinos importantes como Japão e Rússia.
Já o presidente da Sociedade
Rural Brasileira (SRB), Cesário Ramalho da Silva, ressalvou que o
crescimento do agro poderia ter sido maior se o setor recebesse mais
investimentos. Ramalho citou a deficiente infraestrutura logística e as
diretrizes da política energética como obstáculos à chegada de novos
recursos.